domingo, 13 de outubro de 2013
BOLERO DE RAVEL (A Giselle di Souza e banda)
Bolero de Ravel
A alma cativa e obcecada
enrola-se infinitamente numa espiral de desejo
e melancolia.
Infinita, infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto,
esquiva ondulação evanescente.
Os olhos, magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa,
está presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador.
(Carlos Drummond de Andrade, in "Sentimento do Mundo")
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