quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Crônica Crônica



Crônica Crônica


No meio do caminho encontrei a minha Eurídice preferida e a minha sogra preferida que me disse: obrigado pela preferência! Ela aquela encontrava-se no Hades preferido dela: o inferno da casa da mãe. Dela, a filha da mãe.
Encontrei a minha filha que me encontrou, mais que esperava ou sonhava, bela, chorona, um quê de tristeza, outro quê de sabedoria da vida, vagas vem e vão, homens perdidos, mulheres sortudas, soltudas, bundas sôrtas na buraqueira.
Embora 2012 dois mil e treze já chegara. O poeta escrevera e acabara de chover. Ê. Ela dizia que sua vida era apenas uma trilha sonora, tipo 365 autores, um para cada dia do ano, emepetrês, 4, pendráive. Na beira da mãe mar, ou não. Iara, ara, sara. Como se ninguém pudesse fazer chorar uma moça de noventa anos e fingir. Deus é mais, só Jesus na causa. Buda, Maomé, Krishna, Zoroastro, Davi.
Era uma vez uma agente de saúde que recomendava a uma família mal-remunerada que utilizasse ao invés de remédios uma substância atóxica ou natural, anti-depressiva, a cana de satwa, flor de iripema, fabricada nos sertões de Pernambuco; clandestinamente, claro.
O meu problema é que nunca li Julio Cortázar, nem mesmo em espanhol, mas há muita gente brincando o jogo da amarelinha por aí. Não lemos muita coisa, né? Só o insuficiente. Afinal, brazucas na bruzundanga dá nisso, e como diz o Nélson, deveríamos os brasileiros gostar mais dos brasileiros, os nascidos num planeta habitável por enquanto, ou deuses nos transferirão para outras plagas quaisquer.
Moicanos de outras esferas nos esperam. Que o diga alô Zerramalho do baralho, espantalho. Sonhava em caminhar no mato, em não esquecer a caricatura do paraibano no próximo livro, em perdoar-se, perder-se nos braços de alguém que pode me amar. E fumar o tempo, esquecido de si, viajar.
Tá faltano força monedal para ir ao local do crime e praticar a terapia, como se fosse hoje o dia. Brincava que o Céu estava na Terra. Deixou de compreender o yin e o yang. Pirou, tragou charuto, tomou catuaba, baixou santo, porta-bandeira, joão Bosco, alismar brandão, joaquim, pai-mãe. Amém.
Educa. Faz a tua parte. Não te esqueças de educar-te, com ou sem a arte, não falte o ar.
Se no futuro a ideia será permanente no homem, o que será a ideia? Esta a pergunta que se fazia enquanto bebia. Respirava.

Se souber confiar em seu critério, nada a temer, diz o compositor alagoano, quase baiano e carioca. Eu quase que sou romântico, eu almejo a divina quintessência quântica. E a próxima etapa, é a mesma do agora? Afora isso, só dois disso, é preciso lutar-se, enlutar-se e partir, nunca em vão, ainda que em vão não. Partir não será esquecer, mas um tempo pra voltar, ainda que pra outro lugar. Como se ter ido na imaginação fosse necessário para ficar aqui. Ou acolá.

O que pode ser a simultaneidade dos tempos, no tempo dos pleiadianos?
LCS

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