segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A EXPERIENCIA HUMANA DO PRAMANTHA



A EXPERIÊNCIA HUMANA DO PRAMANTHA
Laudelino Santos Neto
Momento 1 – Construindo o Abstrato
Pramantha é trabalho. O Novo Pramantha é um Novo Trabalho. É sobre este Novo Trabalho que vamos discorrer. Antes porém, alguns esclarecimentos para facilitar a compreensão do arcabouço conceitual desse texto. Pramantha é aqui entendido como o trabalho organizado e realizado por diversas hierarquias, das mais celestiais às mais humanas, focado no desenvolvimento da humanidade. O Novo Pramantha, inaugurado em 25 de fevereiro de 1963, tem como ponto fulcral a construção do Quinto Sistema de Evolução. Este conceito de Pramantha, de Novo Pramantha, encerra alguns corolários. Vamos nos ater a apenas um deles. Ora, se o Novo Pramantha é o trabalho organizado e realizado por hierarquias celestiais e humanas, para a construção do Quinto Sistema de Evolução – que segundo alguns textos deverá estar no seu apogeu dentro de 30 mil anos – existe uma dimensão, um estado de consciência, em que o celestial, o humano, o presente e o futuro se articulam. Esta dimensão, no nosso entendimento, é a o mental abstrato. Nas tradições esotéricas e orientais, inclusive no escopo da doutrina eubiótica, o ser humano é formado por sete naturezas: físico, vital, emocional ou astral, mental concreto, mental abstrato, búdico ou intuitivo e crístico ou atman. Segundo estas tradições, em decorrência dos diversos atrasos ocorridos na evolução, a maioria da humanidade se encontra com sua consciência focada entre o emocional e o mental concreto. Existe uma minoria já no mental abstrato, e alguns poucos que conseguem, por lampejos, penetrarem nas dimensões do búdico e do crístico. Ainda segundo os ensinamentos divulgados pela Sociedade Brasileira de Eubiose, o plano mais denso que as hierarquias divinas podem atingir, é o mental abstrato. Do mesmo modo, o plano mais sutil que a humanidade, como um todo, pode atingir, em breve, também é o me
ntal abstrato. É então no mental abstrato que ocorre o diálogo entre o divino e o profano, ou humano. Para os deuses, a dificuldade se apresenta em representar o saber, ou melhor, o amor-sabedoria das suas respectivas dimensões de atman e búdico numa linguagem racional. Isto porque o mental abstrato ainda é uma expressão, mesmo que sutil, da mente racional. Para o ser humano, é necessário romper as amarras do comparativo, analógico, do mental concreto (este ainda impregnado das incertezas, inseguranças e frustrações do emocional) e construir pontes para o mental abstrato.17 Esta passagem do concreto para o abstrato não se faz facilmente. E como nas lendas que narram a transformação do homem comum em herói, as principais dificuldades são as criadas na mente e no coração do candidato. Há que se romper as amarras mentais e emocionais que davam sustentabilidade ao estado anterior e, ao mesmo tempo, dissipar os véus maiávicos criados, principalmente, pelo emocional/astral. Estas criações maiávicas são interpretadas pelo discípulo como oriundas de estados superiores de consciência (mental abstrato e búdico) mas, em verdade, são produtos da estratégia de sobrevivência do ego, que estruturado nos limites seguros (apesar de sofridos) do emocional/astral com o mental concreto, não ousa romper o pseudo equilíbrio e lançar-se em direção ao futuro, ao novo. A passagem do mental concreto para o mental abstrato, no nosso entendimento, implica uma série de transformações. Algumas acontecem no território da subjetividade, quando o ego se reposiciona na psiquê, eixando de ser um reflexo interno do mundo exterior para se tornar um referente da individualidade. Outras ocorrem quando o mundo objetivo é reordenado em novas bases. Vemos como fascinante o estudo e a pesquisa das possibilidades deste trânsito mental, do concreto para o abstrato. São desafios para novos trabalhos, novos enfoques. Dentro do âmbito do que no momento nos propomos refletir – o trabalho como valor essencial no Novo Pramantha – cabe apenas uma pequena observação: operar no mental abstrato significa trabalhar com conceitos e construir modelos. Tanto uns quanto outros são ferramentas para a construção do abstrato.
Momento 2 – Trabalho com Prazer
O fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, professor Henrique José de Souza, afirmou que “A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício, e do amor um pecado”. Este sacrifício está na própria origem da palavra trabalho. Ela vem do latim vulgar tripaliari, que quer dizer martirizar, sacrificar, torturar com o tripaliu, instrumento de tortura, uma espécie de chicote com três pernas, alguns com as pontas de ferro. Assim, quando falamos de trabalho, a palavra nos remete a um contexto longínquo de castigo, pena, expiação. Na Grécia antiga existiam dois conceitos para o trabalho, que vão ser essenciais para o que aqui pretendemos desenvolver. O primeiro deles é ponos, que significa o trabalho realizado pelo escravo e, por isso mesmo, com o caráter de fadiga, pena, expiação. O outro é ergon, o trabalho realizado pelo homem livre, de caráter criativo, artístico, filosófico, científico, realizado com sucesso. Há algumas décadas, os estudos voltados à melhor adaptação homem/máquina receberam o nome de ergonomia, resgatando a antiga palavra grega. Também é importante ressaltar que no decorrer dos séculos, no interior da língua grega houve uma deturpação, uma deterioração do significado da palavra ergon. Ela perdeu a significação de trabalho criativo, prazeroso, e passou a ser simplesmente trabalho no sentido de execução de uma obra qualquer. É como se a característica divina do trabalho fosse se diluindo e desaparecendo e, ao mesmo tempo, em ergon foi se incorporando o de ponos, punição. Bem, a história do trabalho como castigo, punição e sacrifício já é bem conhecida de todos. Sempre existiu e persiste até hoje, como um grande empecilho para a evolução humana, como observou o professor Henrique José de Souza. Vamos então resgatar ergon, como um tipo de trabalho sem culpa, sem pena, sem expiação, mas prenhe do novo, do futuro, como essencial para a objetivação do Novo Pramanha. Detalhando ergon, podemos afirmar que este possui três grandes eixos, três grandes possibilidades de realização, de construção. E todas são importantes para o avanço do estado de consciência da humanidade, para transformar o trabalho no âmbito do mental abstrato como uma atividade cotidiana, em que homens e deuses interagem com alegria e prazer. Estes três grandes vetores que apontam para o Quinto Sistema de Evolução são: mímesis, práxis e poiésis. Mantivemos os termos em grego, tendo em vista sua ampla abrangência de significação. Mímesis era a base do trabalho criativo na Grécia antiga. Aristóteles, na Poiética, afirma que a imitação é o primeiro estágio da criação intelectual, artística. O ato de imitar, diz o filósofo grego, é congênito no homem e, mais ainda, este se deleita com o imitado. É algo prazeroso. Dentro da perspectiva da Eubiose, podemos afirmar que mímesis nos remete à Idade de Ouro, quando os deuses viviam na face da Terra, e os homens se esforçavam para imitá-los. Ainda do ponto de vista aristotélico, quando mais próximo o trabalho de mímesis da reprodução da natureza, dos mitos, da sociedade, das revelações sagradas, mais este é verdadeiro. Assim, já se estabelece um critério de verdade para a poesia, para as obras de arte, para a educação, para as instituições humanas. Mas como tudo que é humano é também contraditório, nunca o homem na sua inteira dimensão humana poderia recriar totalmente verdadeiro, idêntico, à natureza, ao divino. Aristóteles supera este problema com o conceito de verossímil. (Mas uma vez o conceito se mostra uma ferramenta indispensável  para a construção do mental abstrato). Diz ele que a verossimilhança não expressa ipso facto a verdade, mas a possibilidade de uma obra, de um trabalho ser verdadeiro. A práxis é alguma coisa muito citada nas últimas décadas.Mas aos poucos foi  também perdendo seus conteúdos semânticos. Para resgatá-los, vamos refletir sobre práxis partir de théoria. Théoria vem do verbo grego theorein, que significa olhar, contemplar. Mas não é um simples olhar. É um olhar sobre a natureza como expressão divina, como fornecedora de conhecimento. É um olhar de quem quer conhecer. O verbo, por sua vez, vem do substantivo theoi, que quer dizer Deus. Do olhar que busca o conhecimento, que reflete, que medita, a princípio sobre algo que transcende o pensador, Deus, este theorein, com os séculos, transformou-se em théoria, que entre muitas acepções pode-se afirmar ser a capacidade de construir modelos abstratos para reproduzir o real em outra dimensão, em outro nível de conhecimento, além do simples conhecer. Mas, se no tempo dos gregos, podia-se falar em théoria, um trabalho de reflexão sobre a realidade, já há algum tempo não se pode desgrudá-la da práxis. Esta última entendida como a capacidade de trabalho do homem, com sua criatividade, de mudar o ambiente externo, a natureza, a realidade, mas, também, com isso, mudar a si mesmo, sua subjetividade. Daí a acepção clássica de Marx em sua terceira tese sobre Feuerbach: os homens estão condicionados pelo ambiente e pela educação, mas também é verdadeiro que são precisamente os homens que são capazes de mudá-las. E Marx disse com todas as letras, numa crítica ao idealismo alemão, que não basta interpretar o mundo. Tem que modificá-lo. Como conseqüência, no mental abstrato, lócus onde se processa a construção do Quinto Sistema de Evolução, não podemos mais falar isoladamente em théoria e práxis, e sim em théoria/práxis, conceito que pressupõe o diálogo, o trabalho conjunto entre homens e deuses. Em outras palavras, o Novo Pramantha. O conceito de trabalho como poiésis ultrapassa em muito os de mímesis e de théoria/praxis. A poiésis é um trabalho criador essencialmente fundador. Ele coloca na cultura, na história humana (e talvez até na história divina) um novo Significante, que pelo seu poder de germinação e multiplicação, é capaz de fundar novos paradigmas. Pelo seu caráter de fundação, a poiésis é profundamente revolucionária, não apenas porque muda e  transforma o mundo, mas também e principalmente, aparentemente sem raízes no passado, instala um marco a partir do qual o mundo nunca mais será o mesmo. Alguns exemplos: o Cristianismo, a Mecânica de Newton, o Heliocentrismo de Copérnico, a Relatividade de Einstein, a Psicanálise de Freud e a Eubiose de Henrique José de Souza.
Momento 3 – Superando a Incompletude
Do ponto de vista humano, Jiva, preparar-se para o 5° Sistema implica entre muitas coisas, avançar em direção ao Androginismo Perfeito. Em Mistérios do sexo, o professor  Henrique José de Souza esclarece muito bem a questão do Andrógino Perfeito, que não é 50% masculino e 50% feminino, formando um todo de 100%, como pensam alguns esotéricos que tentam entender algumas das orientações sexuais minoritárias. O Andrógino Perfeito surgirá com os homens soli-lunares 100% masculinos em sua natureza externa e 100% femininos em sua natureza interna. As mulheres luni-solares serão o inverso, 100% femininas em sua natureza externa e 100% masculinas em sua natureza interna. No Androginismo Perfeito, portanto, o conflito hoje existente na parte subjetiva homem/mulher, entre anima e animus, estará totalmente superado. Este conflito é muito mais uma angústia de ausência causada pela incompletude subjetiva, psíquica – do feminino no homem e do masculino na mulher, gerando uma desarmonia, uma carência ancestral, que vem desde a divisão dos sexos na Lemúria. Esta falta que nos empurrou aceleradamente para a evolução, trouxe com ela o mental e a noção de egoidade, essenciais para o Sistema seguinte. Mas a humanidade do 4° Sistema ficou até certo ponto incompleta, atrasada no aspecto emocional. Sofre de uma incompletude psíquica, subjetiva, da ordem do afetivoemocional. Esta falta, este vazio a empurra a uma busca permanente, a uma demanda de amor, para em vão tentar suprir esta ausência. Como esta busca de amor ocorre colada ao mental, como se fossem duas faces da mesma moeda, ela vem sempre acompanhada de uma vontade de saber, uma vontade de conhecer. Isso tudo nos impulsiona ao progresso, à  evolução, apesar de ter um preço, um custo em ansiedade e sofrimento. Como possui um mental concreto estruturado, uma parte da humanidade procura preencher este vazio, de uma maneira ou de outra, através de vários processos de sublimação. Só que ele nunca é preenchido com a parte de Ser que nos falta, e sim através de várias suplências ao longo da vida. Estas suplências de certa forma tamponam o que nos falta em termos afetivo-emocionais. De suplência em suplência, de maya em maya, como denominamos na SBE, trilhamos um processo de amadurecimento, de conhecimento, de evolução. Superar a incompletude é o que realmente interessa. Um dos passos importantes é termos consciência que as suplências, as sublimações, as mayas, inclusive as iniciáticas (por exemplo a formação profissional, as diversas experiências com o sexo oposto, a criação artística, o conhecimento esotérico, etc.), são vestes que usamos em determinadas épocas e sua importância e prioridade deverão ser descartadas e substituídas por outras durante a caminhada evolutiva. Um outro passo, outro vetor, é a vivenciação dos ensinamentos do Prof. Henrique José de Souza relativos ao amor-sabedoria, em que o primeiro termo deixa de ser uma mera busca para suprir uma falta, mas se associa à sabedoria, que é um processo integral de conscientização. Superar a incompletude é saber da impossibilidade de preencher totalmente o vazio ancestral, a não ser com a paulatina inserção consciente no Pramantha.
Momento 4 – O Trabalho Consciente
O domínio do mental concreto e o não bloqueio do abstrato, associado à consciência da sua situação afetiva – uma falta que não pode ser totalmente preenchida – leva o discípulo Jiva a queda das penúltimas identificações imaginárias. Uma com a ciência, que esperava resolver todos os problemas universais. Outra com a forma idealizada de alguém do sexo oposto, isto é, não ama uma pessoa concreta, mas sim um lugar imaginário que pensa representar um outro. Ao colocar o conhecimento científico em sua verdadeira dimensão, de precariedade e instabilidade, o discípulo começa a se tornar apto para vislumbrar o mental abstrato. Ao mesmo tempo, ao despir a pessoa amada das formas idealizadas pela carência afetiva primordial, prepara-se para o futuro androginismo, passa a ver o outro que ama não como alguém que irá responder às suas demandas afetivas imaginárias, mas sim um outro sujeito, de sexo diferente, que irá ajudá-lo a entender o si mesmo e ao mundo. A evolução humana não é um processo linear. Ao mesmo tempo que estas últimas mayas são superadas, destruídas, o discípulo estará trabalhando em outro vetor essencial para sua jornada iniciática. É a construção da sua singularidade. Cada pessoa é um ser especial entre 6 bilhões de habitantes da Terra. Saber desta diferença absoluta entre um e bilhões, ter consciência profunda dela, é também compreender que determinadas ações só nós podemos realizar no mundo. Consciente da nossa singularidade absoluta, passamos a entender nossas ações como a expressão da vontade individual em termos de processo evolucional. Há então um salto vertiginoso, sublime, em que conseguimos transformar as angústias difusas e inconscientes, as culpas passadas e presentes, em algo esplendoroso que a integração e a responsabilidade consciente no trabalho do Pramantha. Neste momento que podemos considerar como de grande esplendor, cai a última maya, que é a nossa identificação idealizada com o nosso Orientador, com o nosso Mestre, com o Avatara. Ao cair a identificação mayávica com o Mestre, se estabelece entre Ele e o dis cípulo uma verdadeira relação pramânthica, em que o Um se torna Múltiplo e o Múltiplo se torna Um. O Venerável Antônio C. Ferreira, em aula de 24/02/1945, publicada pelo CEP-SBE no livro Aulas da Coluna J, explica esta integração no Pramantha sob a ótica do Adepto, que age sempre em correspondência com uma determinada força cósmica. Diz ele: “Assim, o Pramantha, não é mais do que o conjunto das forças cósmicas, maiores e menores, agindo com vida e forma humana, na Face da Terra. Vê-se, pois, que cada Adepto tem o seu lugar bem determinado, em correspondência com a força cósmica que representa e faz transmitir; daí não poder haver dois Adeptos ligados à mesma força.” Na mesma aula explica o Venerável Ferreira que apesar de não poder haver dois Adeptos ligados à mesma força cósmica, poderá haver [...] “subaspectos encarregados de concentrar forças menores da mesma qualidade, e em última análise e grau, cada homem vem a se tornar um desses subaspectos, de pequena ordem, é claro, mas, o que é importante, - ligado a uma bem determinada Linhagem, que, com o evoluir, só poderá se ligar a um dos aspectos do Pramantha, e jamais a outro.”
Momento 5 – A Insersão no Pramantha
De uma maneira ou de outra, toda a humanidade está englobada no projeto do Pramantha. Mas para alguns, principalmente os membros da Sociedade Brasileira de Eubiose, não basta ser atingido pelos reflexos do trabalho realizado pelo Novo Pramanha. Há que se inserir conscientemente nele. E a inserção consciente pressupõe ao mesmo tempo trabalho na humanidade e reflexão, meditação pessoal. Um realimentando o outro. Com certeza existem centenas de maneiras, de formas, de possibilidades de trabalhar integrado no Pramantha. Apenas para não ugir do nosso referente principal, pois fazemos parte de uma instituição iniciática, a Sociedade Brasileira de Eubiose, digamos que existem 777 portas de entrada, funções a serem realizadas ... Como discípulo, o membro da instituição iniciática é necessariamente um elo de ligação entre a humanidade e aquele ou aqueles que elegeu como Mestre, existe então claramente uma questão de transmissão do conhecimento, transmissão do saber, transmissão da consciência, a partir do diálogo, do trabalho conjunto entre homens e deuses no lócus do mental abstrato. Nós estamos implicados no Novo Pramantha, quer dizer, estamos envolvidos, estamos enredados na espiral da evolução. Não é mais uma relação de quem recebe ensinamentos, novos conhecimentos, os elabora e retransmite. Isso já é muito, mas não o suficiente. Implicar-se significa inserção no Pramantha, com todas as dimensões humanas comprometidas com o trabalho de evolução. Implicar-se é aumentar em muito os pontos de contato, de cruzamento, do projeto pessoal de vida com o Pramantha. Sob a ótica da evolução, da história humana, tivemos o trabalho sendo realizado pelo próprio corpo, ou por ferramentas que eram extensões deste. Milhares de anos a humanidade levou lavrando o campo, construindo habitações, tecendo, etc. O trabalho como fator de modificação da natureza era ainda incipiente. Para ficarmos na mitologia grega, foi época de Atlas, o deus que carregava a Terra nas costas, e os trabalhos heróicos eram realizados por Hércules. Mas aconteceu um momento em que as ferramentas não eram mais suficientes. E o fogo que Prometeu doou aos homens, como conhecimento, foi literalmente domado, domesticado, na primeira máquina à vapor, corretamente chamada de máquina de fogo. O conhecimento e domínio da termodinâmica, com Carnot e Kelvin fizeram as revoluções industriais, e a entropia e a entalpia entraram no dia a dia das pessoas.  Agora estamos iniciando também uma nova época. O fogo de Prometeu não é mais mistério. O trabalho mais fascinante, que se inicia, é não mais o da produção e transformação do calor, mas sim o da informação. E o deus desta era é, sem dúvida alguma, Hermes, Mercúrio, que transporta o conhecimento entre os deuses e, por que não, para e entre os homens.

BIBLIOGRAFIA
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